quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sobre montanhas-russas e fitas K7

Monólogos inconsequentes: 

"Alice, é de amor que eu estou falando."

Oi. Como é que tu tá? Sonhei contigo.

Já reparou que o nosso amor se assemelha à uma montanha-russa? Essa é uma comparação recorrente, aliás. E não, eu não me refiro aos altos e baixos da nossa relação. Muito menos às inúmeras irregularidades que acercam nosso caminho. Me refiro ao ciclo do amor. Não entendeu? Vou explicar: toda montanha-russa possui um ciclo. Algumas são mais altas, outras mais rápidas; umas possuem diversos loopings, outras nem tantos. Mas existe um fator comum entre elas: ao final de seu percurso, independentemente do caminho que façam, todas elas retornam exatamente para o mesmo ponto de onde partiram. Exatamente como o nosso amor.
Eu não sei ao certo qual será o nosso caminho. Tampouco perderei tempo tentando descrever todas as irregularidades que provavelmente o cercarão. Só sei que pretendo passar um bom tempo dando voltas nessa montanha-russa, na esperança de viver em um loop eterno, onde o ponto de partida seja você.

Monólogos subconscientes: 

"Por que eu ainda insisto em falar sobre o amor?"

Oi. Como é que tu tá? Eu ando sonhando contigo.

Parei para refletir e cheguei a conclusão de que nosso amor é exatamente como uma fita K7. Sendo mais específico: uma fita K7 regravável. No entanto, ao invés de exibir um determinado arquivo de áudio, ele exibe boa parte de nossos momentos - certas partes nós optamos por não gravar, lembra? E então nós apertamos o play. Diversas e diversas vezes. Em alguns pontos, inclusive, optamos por rebobinar e até mesmo pausar, para que possamos ver com melhor atenção.
Ultimamente, tenho assistido a essa fita com mais frequência. Por quê? Não sei. Mas notei uma diferença: passei a apertar o botão de avançar durante a maioria das cenas. A fita é antiga, e, infelizmente, já está saturada. Nela, não cabem arquivos novos. Os velhos, eu já vi e revi. Continuo a vê-los, é verdade. Mas já sem a mesma empolgação de antes. É, a fita K7 saiu de moda, tal qual o nosso amor.

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