terça-feira, 29 de maio de 2012

tempo.

Olhar por horas para o mesmo ponto, procurando a saída desse sentimento que insiste em se manter por perto. Parar durante um curto período de tempo, olhando em volta apenas para checar o ambiente. Acompanhar o ponteiro do relógio mover-se vagarosamente, levando-te a mais profunda das reclusões.
O instante torna-se relevante, o momento não reflete sentimento, toda uma vida construída em anos destrói-se em questão de segundos. Um mundo baseado em falsas promessas, feitas durante um longo e tedioso caminho rumo à lugar nenhum. Pois é, cá estamos nós, rumando à lugar nenhum, sentenciados a viver esperando por algo que sequer sabemos o que é. Mas o relógio parou e o tempo insiste em não passar, fazendo tudo permanecer do jeito que está, inclusive o teu coração, que hoje continua a clamar por alguém que já não existe mais. O verso diz que 'a cada hora que passa envelhecemos dez semanas' e há muito mais a se dizer, porém pouca coisa para se entender.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

memória.

A incompreensão do ser humano torna-se tão aparente quando refletida junto com a situação atual de cada um de nós, seres que buscam a saída desse mundo de eterna solidão. Mas é difícil afastar-se da solidão quando vivemos em conflito com nós mesmos, já que isso nos isola cada vez mais.
Passamos a vida toda buscando um bom motivo para continuar lutando, mas essa luta talvez nem seja tão necessária, já que dessa vida nós só levaremos as memórias. São memórias devastadas pelo passar do tempo, lembranças criadas com o objetivo de manter viva a esperança sentida em um determinado momento, momento esse que jamais voltará.
A lembrança torna-se escassa quando percebemos que ainda existe toda uma vida para se viver, mesmo que tudo te indique que ela acabará em instantes. É apenas um instante de hesitação, o piscar de olhos junto com a respiração ofegante, que traz adrenalina de volta a tua mente. O caos já tomou conta do universo, mas você está lá, isolado em seu mundo paralelo, convivendo com a solidão e com a lembrança de um passado não tão distante, sentenciado ao compasso do coração, que fundiu-se na mais simples das memórias, aquela do tempo em que você costumava existir.


''my last fucking memorie''
''the mind chaos''