segunda-feira, 18 de junho de 2012

limite.

A incongruência do sentimento humano é levada a sério quando entra em contraste com os nossos sonhos ou quando é combinada com uma série de desejos que habitam nosso cérebro e que por diversas vezes passam despercebidos já que preferimos viver o irreal do que viver dentro das limitações do mundo real.
Ousaram delimitar um espaço para conter a inteligência humana. Ousaram bloquear todas as frestas possíveis, na intenção de impedir um ato impensado. Ousaram construir os muros mais altos que o ser humano já viu, com o objetivo de nos limitar ao máximo. Mas nada disso nos impediu, e cá estamos, lutando pelo nosso ideal, batalhando em busca daquilo que julgamos ser correto, correndo atrás do que nos faz feliz. É, fizeram de tudo para nos limitar, mas esqueceram que nós somos maiores do que as muralhas.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

saudade.

A saudade aperta e a noite aproxima-se, trazendo consigo o frio que torna-se cada vez mais intenso e que se mistura aos pensamentos desconexos e a uma falsa nostalgia que hoje tomam conta da minha mente. A temperatura é inconstante, e cá estou, todo agasalhado e ainda assim morrendo de frio, devido ao vento gerado pela fresta da porta que você deixou aberta ao sair para não mais voltar.
Eu não queria vivenciar mais um destes contos de fada irreais onde as pessoas fingem estar de acordo com tudo aquilo que acontece, eu não queria vivenciar sonhos com hora marcada para acabar, não queria o 'feliz para sempre', não, eu não queria nada disso. Porém também não queria vivenciar esses momentos de angústia, esperando por uma simples resposta que pode definir todo um futuro, não queria ficar acordado a te esperar, não, eu apenas queria dormir e te encontrar no mais sincero dos meus sonhos, aqueles que infelizmente tem hora marcada para acabar, mas que continuam a existir mesmo quando estou acordado.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

medo.

                        
Deparar-se com um sentimento até então desconhecido, voltar a refletir sobre coisas que já não deveriam mais frequentar o teu pensamento, lutar contra a mais intensa das vontades. O medo continua a dominar tua mente e aquela sensação de impotência afeta o teu coração.
Pobre seja aquele que comprou tua alma, fez o pior dos negócios, afinal a iluminação da tua alma foi se acabando com o passar do tempo. A tristeza foi surgindo paralelamente à vontade de tomar alguma atitude, porém não havia mais nada para ser feito. O horizonte estava ali, coube a ti caminhar até ele, mas não o fez. Preferiu esperar outro momento, achou que haveria outra oportunidade, mas não houve, nunca há outra oportunidade. A existência momentânea sugeriu descontentamento, mas já não havia quem ligasse para isso, foram todos desiludidos, perceberam que o sentido havia se misturado com a solidão, da forma mais cruel e trágica possível, através de nossas próprias mãos.