quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sobre o encerramento do blog

O blog acaba aqui, amigos. Depois de longos dois anos e 87 postagens, o blog chega ao fim. Já vinha matutando essa ideia de encerrá-lo há um tempo, mas isso só veio a se oficializar agora, no mês em que o blog completaria dois anos de existência.

Vários motivos me levaram a encerrar o blog. O principal deles é uma coisa chamada "fase". Na vida - por mais clichê que isso soe -, tudo são fases. E, por dois anos, era a fase de postar aqui. Agora essa fase já passou. Nas últimas semanas, inclusive, eu vinha me sentindo obrigado a postar no blog. Chegava a quinta-feira e eu pensava "putz, preciso de um texto pra postar no blog". Os últimos textos, aliás, nem foram postados em uma quinta-feira. Já não fazia mais sentido. Não era mais uma coisa natural. E eu já não me sinto mais tão confortável em partilhar minhas decepções amorosas com vocês.

Aliás, essa foi a razão que me fez dar início a uma série de postagens sobre amor. Nunca entendi direito o que significa o tal do amor. E não entendo até hoje. Em todos os textos até aqui, divaguei em busca de algo que pudesse - mesmo que minimamente - definir esse sentimento vezes-tão-amplo-vezes-tão-ínfimo. Infelizmente, não consegui. Mas vocês se identificaram com minhas ideias, e eu fico feliz com isso.

(Insira aqui uma legenda legal)

Você não têm ideia de como é bizarro escrever sobre zilhões de decepções amorosas e ver que as mais diferentes pessoas se identificam com aquilo que você escreve. Ou o quão absurdo é o fato de que aquilo que você escreve causa os mais diferentes tipos de sentimentos nas pessoas. Demorei muito para me acostumar com isso. Mas a resposta aos textos do blog sempre foram muito positivas, e isso me fez continuar. Até agora.

Fiz questão de que a última postagem dessa humilde página fosse um Top 10 de textos feitos ao longo desses dois anos de blog. Nessa lista, o número 1 é o conto sobre Marcelo e Clarice. O conto teve uma repercussão absurda, algo que me surpreendeu. Todos já se sentiram envolvidos (ou ainda vão se sentir) nessa história de duas pessoas diferentemente complementares. É a lei da vida. É o preceito do amor. Talvez por isso tenha rolado tamanha identificação.

A boa notícia é que grande parte dos textos desse blog estará presente em "Alice", o livro que eu venho escrevendo há algum tempo, e que deve chegar às mãos de vocês no ano que vem - caso a vida e o tempo decidam cooperar com este que vos escreve. "Alice" é outro dos motivos que me levam a encerrar o blog, já que pretendo dar um pouco de atenção à continuação do livro.

Minha hiperatividade - somada às minhas múltiplas personalidades - não vai permitir que eu fique muito tempo sem escrever. Portanto, logo menos vou aparecer com algum outro projeto, algo que seja mais condizente com a fase atual da minha vida.

É isso. Agradeço a todos que gastaram preciosos minutos de suas vidas lendo sobre as decepções amorosas desse pseudo-escritor-com-problemas-de-oratória. Vocês provavelmente sabem mais da minha vida do que eu mesmo.

Acreditem, não é preciso muito.

Acervo estrábico: a biblioteca da memória

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