segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um texto sobre a Fresno (Parte II)

Para quem ainda não leu a Parte I http://mylastfuckingmemories.blogspot.com.br/2012/02/um-texto-sobre-fresno.html

Vamos falar de solidão? Não, não vamos, pois em todo momento em que a gente se sentir sozinho, haverá em quem pensar, haverá algo para refletir, haverá uma banda lá do sul tomando conta dos nossos pensamentos. Já que tu não acreditaste em minhas palavras, já que duvidaste do poder que essa banda tem, eu pude ver o sol desaparecer do teu rosto, dos teus olhos, da tua vida. Pois é, para nós anoiteceu, mas não, nossa vida não escureceu, afinal esses mesmos guris lá do sul continuam com melodias que iluminam nossa alma e continuam a nos guiar rumo ao sol, e lá a escuridão não tem vez.
Poderia por horas expor o real sob minha visão, mas de que adianta expor o real se nós vivemos em um mundo ilusório? Poderia procurar as palavras mais sensatas para expor o sentimento que corre nas minhas veias nesse instante, porém meras palavras não descrevem tal sentimento. Poucos compreendem a dimensão da admiração que eu tenho por esses guris, poucos procuram entender o significado verdadeiro que possui essa admiração. É uma coisa bem maior do que todo o céu, bem mais quente que todo o sol, bem mais forte que todo o mar, bem mais intensa do que qualquer pessoa comum possa imaginar.
Quem sabe no nosso pesadelo mais obscuro a gente sinta medo do acaso do erro. Quem sabe nosso desejo mais sincero seja pintar um horizonte infinito e caminhar sem rumo, para assim chegar no quarto dos livros, local onde ninguém terá o direito de interferir nos nossos pensamentos, local onde teremos a liberdade de imaginar o rio, a cidade e a árvore, e onde poderemos subir nessa mesma árvore simplesmente para ver o mundo paralelo de uma forma mais coerente. Lá nós não veremos o ser humano transformar essa cor ciano do mundo em algo tão denso e nebuloso que não haverá mais solução para a humanidade, já que existem coisas que nem mesmo o amor é capaz de solucionar. Buscaremos a nossa redenção e evitaremos uma revanche pois não queremos confusão, tudo o que queremos é viver uma vida com pretensões, em um vasto cemitério de boas intenções.
Eu sei que o tempo acabou, mas o tempo não é capaz de colocar um ponto final em algo que já nos proporcionou tantas histórias bonitas. Sim, o tempo vai cicatrizar, porém essa marca jamais se apagará, afinal eu já perdi, eu já sofri demais e eu parti, porém não joguei tudo pra trás porque lá estavam quatro caras que me incentivavam a jamais desistir das coisas, que me motivavam a continuar tentando, mesmo que tudo estivesse dando errado. Vivemos em uma sociedade de mudança contínua porém não existe nada nessa vida que vá nos fazer mudar, continuaremos a sonhar com o momento em que nos tornaremos senhores de nós mesmos, mas nós não sabemos lidar, então é melhor deixar as coisas como estão.
A vida nem sempre é do jeito que a gente esperava já que nós somos pequenos demais na imensidão das galáxias, mas certas coisas nos engrandecem, a Fresno é uma delas. Muito já foi dito sobre a Fresno e seus fãs, diversas pessoas julgam a banda mesmo sem conhecê-la, são julgamentos sem fundamento, baseados unica e exclusivamente em um preconceito estúpido para com o estilo musical. São inverdades que muitas vezes passam despercebidas mas que podem machucar e muito quem realmente se importa com aquilo, quem realmente entende todo o ideal que a banda tenta nos passar.
Essa tal de Fresno evoluiu significativamente ao longo dos anos, muita coisa mudou, até mesmo a formação da banda mudou, mas certas coisas nunca mudam afinal a vida segue, e o Lucas, aquele cara metade mendigo e metade poeta continua lá junto do Vavo, seguindo o sonho iniciado doze anos atrás e também expressando seus sonhos através de palavras, palavras essas que são mal interpretadas por muita gente de cabeça fraca, mas nós fãs estamos aqui, e seguiremos aqui divulgando o potencial das palavras expressas por eles, quem viver, verá. E é isso, não há mais nada a dizer.

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